Mayla Valenti

12 de mar de 20192 min

A Educação Ambiental é feminina! Dia internacional da mulher

Atualizado: 17 de fev de 2021

#pracegover #pratodosverem Foto das mulheres da Fubá. Na parte de cima da foto há uma faixa amarela e em letras pretas escrito: #mulheresnaea. Todas estão de camisetas lisas e amarelas e com sorriso no rosto. Elas estão sentadas em um gramado, sobre uma toalha amarela florida.

A Educação ambiental é um campo majoritariamente feminino. Nós, mulheres, temos um papel de protagonistas em diversas ações educadoras ambientalistas. Somos pesquisadoras, autoras de artigos científicos e de livros fundamentais para a área. Somos ativistas, engajadas em inúmeros movimentos socioambientais. Somos educadoras, atuamos em contato direto com o público na escola, em trilhas na natureza, em parques urbanos, em museus de ciências. Somos gestoras, planejamos, executamos e avaliamos ações educativas. Somos líderes, coordenamos equipes e contribuímos para a formação de educadoras e educadores ambientais. Somos mães, educando pelo exemplo e pelo diálogo como conservar a natureza.

Em uma sociedade patriarcal, compreender nosso protagonismo é muito importante. Pois temos a chance de mostrar para todas as pessoas que nossa participação é relevante. Que podemos exercer qualquer papel com excelência.

Sim, infelizmente isso ainda é necessário. Pode parecer estranho precisar afirmar nossa capacidade. Mas a verdade é que temos ainda um caminho muito longo para alcançarmos a igualdade de gênero. Por isso, precisamos ocupar os espaços de tomada de decisão, devemos participar da política e prosseguir a luta pela igualdade.

Isso não significa lutar contra os homens. Muito pelo contrário. Nós queremos todas as pessoas, independente de sua identidade de gênero, em favor da igualdade. Em favor de um mundo mais justo social e ambientalmente.

Nessa discussão, é importante reconhecermos que mesmo dentro do grupo das mulheres existe muita desigualdade. Mulheres negras e pobres ainda estão em uma condição bem mais vulnerável do que as mulheres brancas. Pesquisas mostram que as mulheres brancas e privilegiadas economicamente permanecem em condições mais favoráveis do que as dos homens negros e pobres.

Isso mostra que a luta é de todas e de todos. A igualdade na diversidade é um objetivo comum a ser buscado. E valorizar a atuação das mulheres na educação ambiental faz parte desse processo.

Pensando nisso, ao longo deste mês vamos publicar em nossas redes sociais exemplos de mulheres que nos inspiram e que foram (e ainda são!) importantes para nossa formação como educadoras ambientais com a hashtag #mulheresnaea.

E por aí, quem são as mulheres importantes na sua trajetória com educação ambiental? Você também pode publicar sua lista de mulheres inspiradoras. Use a hashtag #mulheresnaea pra gente acompanhar.

Que neste mês possamos chamar a atenção das pessoas para o valor das mulheres em nossas vidas e para a sociedade. E que possamos continuar caminhando na busca pela igualdade, respeitando sempre a maravilhosa diversidade humana.

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