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Diálogo, curiosidade e perguntas de verdade!



Olá! Hoje o papo é mais com as pessoas que trabalham com interações educativas... mas pensando bem, no fundo todas(os) nós interagimos, ensinamos e aprendemos o tempo todo! Então, o papo é com todo mundo! Aqui na Fubá a gente acredita que o diálogo é fonte inesgotável de conhecimento. De uma forma bem simples e direta, dialogar é aprender com quem pensa diferente. Então, o diálogo tem a ver com falar, com se posicionar sobre algum tema, mas tem muito a ver também com ouvir e com aprender com o outro. Se a gente pensar bem, vamos ver que o ensino sempre parte da curiosidade. E a curiosidade é, no fundo, uma pergunta. Infelizmente, em muitos lugares o ensino ainda é mais resposta do que pergunta. As repostas são apresentadas sem mesmo as perguntas serem formuladas! Então, aprender a perguntar faz parte de um ensino democrático, pois é a partir da pergunta, da curiosidade que somos capazes de refletir e de criticar a nossa realidade e propor soluções para sua transformação. Talvez você esteja se perguntando: mas o que seria uma pergunta de verdade? Para nós, as perguntas de verdade partem de um principio muito simples: elas têm origem na curiosidade REAL das(os) educadoras(es). Ou seja, para fazer uma pergunta de verdade, pergunte o que você realmente deseja saber e não apenas com o intuito de parecerdemocrática(o), ou aberta(o). Para perguntar de verdade você precisa de fato reconhecer que todas as pessoas têm algo para ensinar e realmente estar disposta(o) a aprender com elas. Aqui estão alguns exemplos de perguntas feitas de uma forma não dialógica, pois é muito provável que a(o) educador(a) já saiba as respostas. Então, não são perguntas de verdade:


E aqui temos perguntas muito parecidas, mas que a(o) educador(a) dificilmente sabe as respostas. Ele pode aprender e direcionar a prática educativa a partir delas:


Vejam que a diferença entre as perguntas é bem pequena, mas elas refletem a postura da(o) educador(a). No primeiro exemplo, há inclusive um incentivo a competição. É provável que as pessoas se vangloriem por ter acertado a resposta ou debochem de quem errou. Ou ainda é possível que alguém se sinta constrangido de ternar responder, porque não sabe a resposta correta. Já no segundo exemplo, não há esse risco porque a pessoa tem pleno acesso à resposta correta! Não há medo de errar, porque não há erro! Então, agora, perguntamos verdadeiramente para você: quais são as SUAS perguntas de verdade? O que você realmente quer saber sobre as pessoas com as quais interage? O que quer saber a respeito das ideias dessas pessoas sobre determinado tema? Fazer uma lista com as suas perguntas de verdade pode te ajudar a reestruturar sua prática educativa e torná-la cada vez mais dialógica. E, se puder, depois conta pra gente como foi! :-)

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O texto aí de cima foi baseado em muitas de nossas experiências e também em dois livros muito bacanas que a gente indica a leitura para quem quiser saber e refletir mais sobre o assunto: Por uma pedagogia da pergunta, de Paulo Freire e Antonio Faundez. Editado no Rio de Janeiro pela Paz e Terra. Comunidades de aprendizagem: outra escola é possível, de Roseli Mello, Fabiana Braga e Vanessa Gabassa. Editado em São Carlos pela Edufscar.

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