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Olá, tudo bem?
Hoje é o Dia Nacional da Educação Ambiental.
Se tem algo que nós, educadoras e educadores ambientais sabemos fazer (ou deveríamos saber) é escutar. Essa é uma das habilidades mais importantes do nosso tempo. Não só na área ambiental, mas principalmente nela, precisamos fomentar a participação real das pessoas para encontrar as melhores soluções.
E não é possível fazer isso sem abertura ao diálogo. Sem disposição para aprender com as outras pessoas. Sem curiosidade por outras realidades e formas de entender o mundo. Desenvolver essas habilidades é mais difícil do que parece.
Existem muitas pessoas palestrando defendendo o trabalho coletivo sem ouvir sequer uma opinião diferente da sua plateia. Muitas pessoas que acham que se abrir para a participação é pedir para que o público repita ou confirme o que ela está dizendo. Há pessoas que acham que suas ideias e prazos são mais importantes do que a realidade e o entendimento das comunidades com as quais vão atuar.
Até aqui este texto parece um pouco revoltado. Essa revolta vem da constatação do quanto a educação ambiental poderia contribuir muito mais com a nossa sociedade em diversos contextos e o quanto isso não acontece na prática. Embora venha melhorando, a nossa área ainda é desvalorizada. É uma das áreas que recebem menos investimentos. Nossa formação e nossas habilidades parecem menos difíceis, menos técnicas e menos relevantes para o mundo.
Então, neste Dia Nacional da Educação Ambiental nós queremos dizer: o que fazemos importa! O que fazemos é difícil e não é qualquer pessoa que pode fazer! Existe um jeito de se fazer educação ambiental. Ele é aberto e flexível, mas requer técnica, formação e experiência.
E mais: o que fazemos é uma das atividades mais importantes para garantir o nosso futuro. Sem educação ambiental os seres humanos não sobreviverão. É por isso que nós precisamos cada vez de mais educadoras e educadores ambientais atuando. Essa não é uma necessidade da nossa bolha ambientalista. É uma necessidade da nossa sociedade como um todo.
Como você tem percebido o valor da educação ambiental no contexto em que atua? Vamos continuar essa conversa?
