Os zoológicos são instituições muito antigas que surgiram na época dos grandes imperadores e que estavam diretamente relacionadas com o status e poder econômico e político de pessoas nobres e burguesas da época. Tempos depois, por volta de 1700, surgem os primeiro zoológicos europeus, os quais tinham o objetivo de expor animais sem nenhum propósito conservacionista ou educativo. No Brasil, a criação dessas instituições ocorreu muito tempo depois, somente no século XIX com a inauguração do Museu Emílio Goeldi, no Pará e, posteriormente, do Zoológico do Rio de Janeiro.
Com o passar do tempo e diante das transformações do nosso contexto socioambiental que acarretaram a destruição do habitat de muitas espécies, essas instituições foram modificando seus princípios, objetivos e propósitos, passando a ser consideradas centros de conservação da fauna silvestre. Então, os zoos mais modernos contemplam princípios relacionados à produção de conhecimento sobre a biodiversidade a partir de pesquisa científica; à execução de programas e projetos de conservação de espécies ameaçadas de extinção, à educação ambiental e, por fim, ao lazer.
Em relação à educação ambiental, esses espaços possuem imenso potencial para abordar a complexidade da problemática ambiental, pois permitem o contato das e dos visitantes com a diversidade de fauna do nosso planeta e, muitas vezes, também da flora, fortalecendo a construção de valores e atitudes para a conservação da diversidade biológica. Além disso, muitas educadoras e muitos educadores utilizam esses espaços como um ambiente para potencializar a sua prática pedagógica por meio das visitas monitoradas ou das demais campanhas e ações educativas promovidas por essas instituições.
Muitas pessoas não gostam de ir ao zoológicos pelo fato dos animais ficarem presos. Algumas ativistas pelos direitos dos animais são contra a sua existência. Porém, atualmente os zoos cumprem um papel fundamental no acolhimento e recuperação de animais feridos por atropelamentos ou capturados para o tráfico. Este é um tema bastante polêmico e que merece um diálogo profundo. Cada vez mais vivemos distante dos elementos naturais. Por isso, visitar um zoológico, um jardim botânico ou simplesmente a praça que fica próximo à sua casa é uma forma de nos conectarmos com a natureza e com a biodiversidade ali existente.
Neste momento que estamos vivendo, os zoológicos e outros espaços verdes estão fechados para visitação. Uma alternativa é buscar a natureza que está mais perto de nós, mesmo que seja cuidar de uma plantinha em um vaso, ou observar o céu ou uma ave da janela.
Outra alternativa é acompanhar as ações que esses espaços têm promovido pela internet. Nós da Fubá, por exemplo, desenvolvemos um site onde é possível conhecer alguns animais do Parque Ecológico de São Carlos sem sair de casa. O link de acesso é: www.fubaea.com.br/bora-pesc
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