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Quando a primeira turma do nosso curso online COMO?! terminou o curso, sentimos que o curso todo foi uma experiência muito rica. Foi muito rico e gratificante poder compartilhar nossas experiências e ideias com um grupo de educadoras(es) e futuras(os) educadoras(es) ambientais tão interessadas(os) em colocar a teoria em prática!
Na última aula, uma participante enviou uma pergunta super que está sempre nos desafiando e resolvemos dividir o nosso ponto de vista sobre esse assunto aqui com você. Ela perguntou o que fazer quando o contexto mais amplo, seja político ou empresarial, não é compatível com os desejos de sustentabilidade da comunidade em que estamos trabalhando. Ou seja, o que fazer quando não há espaço para o diálogo, ou quando ele é muito difícil?
Essa é uma situação bastante comum e desafiadora para quem atua com Educação Ambiental e para quem busca uma vida mais sustentável. Muitas vezes nossas ações esbarram em decisões que, aparentemente, estão acima do nosso poder.
Por exemplo, quando uma grande empresa está impactando uma área natural e a comunidade deseja conservá-la. Ou, quando a prefeitura não tem programa de coleta seletiva e a população quer separar e encaminhar seus resíduos para a reciclagem. Ou seja, quando as ações individuais têm pouco efeito nos resultados e dependem de mudanças mais profundas.
Nós entendemos que para trilhar mudanças maiores na sociedade precisamos nos organizar em movimentos coletivos que pressionem as empresas e governos a tomares decisões que atenderão aos interesses de todas as pessoas e não apenas de um setor da sociedade. Afinal, o meio ambiente é um bem público e todas(os) nós precisamos dele para sobreviver.
É fato que esse não é o caminho mais fácil a ser seguido. Organizar um movimento coletivo é trabalhoso, requer dedicação, engajamento de muitas pessoas, persistência e paciência (impaciente) para se chegar aos resultados desejados. Mas também é certo que quem decidir participar de um movimento coletivo levará os aprendizados desse processo para a vida toda.
É comum as pessoas acharem que não vale a pena esse trabalhão todo, porque no fim não se consegue grande coisa. Algo que precisamos entender é que os resultados não serão rápidos. É especialmente aí que entra a paciência impaciente! Ou seja, compreender o ritmo das conquistas e persistir!
Existem muitos exemplos no Brasil e no mundo de grupos que conseguiram conquistas importantes quando se organizaram coletivamente. Uma forma da gente se animar para a luta é conhecer mais de perto esses movimentos de sucesso, entender seus desafios e como eles são superados a cada dia.
#pratodosverem Audiodescrição resumida: Foto de várias pessoas segurando uma faixa. É dia. Na faixa branca em letras laranja está escrito: cerrado resiste! No fundo da foto há árvores.
Aqui em São Carlos temos o exemplo do Coletivo do Cerrado. Um grupo de pessoas engajadas em defender uma área de Cerrado onde fica o campus da Universidade Federal de São Carlos desde 2007. Graças à atuação deste grupo uma proposta de ocupação do Cerrado foi revista muitas vezes e hoje há uma grande chance dessa área ser 100% conservada. Se você quiser conhecer mais sobre o Coletivo do Cerrado, pode acessar o site e acompanhar suas postagens no Facebook.
E agora, te perguntamos: será que tem um grupo se organizando por alguma causa socioambiental aí perto de você? Ou, você poderia organizar um movimento por uma reivindicação importante para a sua comunidade? Vale a pena experimentar o rico aprendizado de participar ou de organizar um movimento coletivo! :-)
O curso de formação em Educação Ambiental da Fubá, o COMO?! foi feito com quem já atua com Educação Ambiental e quer inovar sua prática e com quem quer trabalhar na área e não sabe muito bem por onde começar! E é com e não para, porque o curso é baseado no diálogo, feito junto mesmo, contando com a contribuição de cada participante!
Então, se você está buscando um jeito de colocar a teoria em prática na Educação Ambiental, vem com a gente! ;-)
Você encontra todos os detalhes aqui: www.fubaea.com.br/cursoeducacaoambiental2019
